2ª Edição
A PEDRADA DE SÍSIFO 2019
A 2ª edição do 1/4 de Cena - Festival de Cenas Curtas foi realizada de forma independente, do dia 17 a 20 de outubro de 2019, no Teatro SESC Garagem, na 913 sul, demonstrando o compromisso e a paixão dos organizadores e artistas em dar continuidade ao projeto.
A segunda edição foi inspirada no mito de Sísifo, originário da mitologia grega, que foi condenado pelos deuses a rolar uma pedra morro acima, apenas para ver rolar de volta ao vale, e repetir essa tarefa eternamente. Esse mito pode simbolizar a luta constante do artista em busca de expressão, criatividade e significado.
Podemos relacionar o mito de Sísifo com o ofício do artista de várias maneiras: Persistência e Dedicação. Assim como Sísifo, o artista muitas vezes enfrenta desafios e obstáculos em sua jornada criativa. No entanto, é a persistência e a dedicação que permitem ao artista continuar a buscar a expressão artística, mesmo diante das dificuldades. Repetição e Renovação: O mito de Sísifo fala sobre a repetição eterna da tarefa. Da mesma forma, o artista muitas vezes precisa repetir e refinar seu trabalho, buscar novas ideias e reinventar-se continuamente para evoluir em sua prática artística. Busca de Significado: Assim como Sísifo busca dar sentido a sua tarefa repetitiva, o artista também está em constante busca de significado em sua arte. O processo criativo envolve transmitir e expressar emoções, ideias e perspectivas que podem trazer um senso de propósito e significado para o artista e para o público. Desafio das Convenções: Sísifo desafia a ordem imposta pelos deuses, e o artista muitas vezes enfrenta o desafio de romper com as convenções condicionais e buscar novas formas de expressão. O artista está constantemente explorando e experimentando, buscando trazer algo novo e único para seu trabalho. Reflexão Existencial: O mito de Sísifo também levanta questões existenciais sobre a condição humana. Da mesma forma, o artista muitas vezes reflete sobre questões profundas e existenciais em sua arte, buscando entender e transmitir as complexidades da vida e da experiência humana.
O festival realizou uma campanha de financiamento coletivo pela plataforma Vakinha, experimentando outro modelo de captação e de produção coletiva. A ação formativa contou com a parceria do projeto “Collab performações” convocando para processo criativo artistas, coletivos, grupos, projetos e produtores locais das artes do DF. A diversidade de estéticas e linguagens é uma das fortes características do festival, que reúne entorno de propostas cênicas, grupos, coletivos e artistas individuais de maneira democrática. Para Janaína Mello, idealizadora do festival, “o formato de cenas curtas dinamiza o processo criativo e amplia as possibilidades de circulação dos artistas, promovendo uma cena mais autônoma e produtiva, além de dialogar com o contexto atual de fruição e atenção da sociedade contemporânea”. Foram contratados, diretamente, 81 profissionais da cadeia produtiva das artes, entre artistas, técnicos e comunicadores e outros 22 profissionais, indiretamente.
Foram recebidas 48 inscrições e cobrada a taxa de inscrição para contribuir com a produção independente do festival. Foram selecionadas doze cenas de diferentes temáticas que invocaram a liberdade, a resiliência, o ofício das artes em relação com a inclusão e resistência ao meio que vivemos. Foram selecionadas doze cenas de diferentes temáticas que invocaram a liberdade, a resiliência, o ofício das artes em relação com a inclusão e resistência ao meio que vivemos.
PREMIAÇÃO
A cerimônia de premiação foi realizada no dia 20 de outubro, com a participação de artistas e músicos convidados. Durante os três dias de mostra, o público e o júri convidado escolheram as melhores cenas através de cédulas de votação. O júri oficial, composto por artistas locais e nacionais, escolheu uma cena, considerando questões como interpretação, dramaturgia, composição e presença. O artista plástico convidado da segunda edição foi Lourenço de Bem, que confeccionou a obra prêmio com seu reconhecido trabalho com papel marchê e pedras.
Júri Popular:
1º dia
A Experiência Humorística performática do nada, para não ser pretensioso Concepção e atuação: Matheus Dias | Direção: Yuri Fidelis
2º dia
Ator de Daniel Landim | Semente Cia de Teatro
3º dia
Manifesto trav(eco)- ciborgue de Maria Leo Arauna
Júri Convidado (avaliação de todas as cenas do festival):
Ator de Daniel Landim | Semente Cia de Teatro
FICHA TÉCNICA
Idealização e coordenação:
JANAÍNA MELLO
Produção executiva e Curadoria:
CAROL BARREIRO, ADRIANO ROZA e JANAÍNA MELLO
Curadoria:
EDSON BESERRA e NINJA LOKA PRODUÇÃO
Assessoria de Imprensa:
JOSUEL JUNIOR
Coordenação técnica:
MARCELO AUGUSTO
Design Gráfico:
COARQUITETOS | DANILO FLEURY
Fotografia:
HUMBERTO ARAÚJO
Videografia:
ESTÚDIO LINGUS FILMES
Trilha sonora:
RAMIRO GALAS
Obra Prêmio:
LOURENÇO DE BEM
Júri convidado:
ANA FLÁVIA GARCIA, JONATHAN ANDRADE e LARISSA MAURO
Assistência Técnica:
MANU MAIA
Gráfica parceira:
PIGMENTO GRÁFICA
Apoio:
SESC GARAGEM, CASTÁLIA, ESPAÇO PÉ DIREITO, ATELIER LOURENÇO DE BEM e NATFRUIT